Tuesday, January 31, 2006

Do livro "Buda - Aquele que Despertou"





















Do livro "Buda - Aquele que Despertou".

O Buda estava um dia no jardim de Anathapindika, na cidade de Jetavana, quando lhe apareceu um Deva (espírito da natureza) em figura de brâmane e vestido de hábitos brancos como a neve, e entre ambos se estabeleceu o seguinte "duelo":
O Deva:
- Qual é a espada mais cortante?
Ao que Buda respondeu:
- A palavra raivosa é a espada mais cortante.
- Qual é o maior veneno?
- A inveja é o mais mortal veneno.
- Qual é o fogo mais ardente?
- A luxúria.
- Qual é a noite mais escura?
- A ignorância.
- Quem obtém a maior recompensa?
- Quem dá sem desejo de receber é quem mais ganha.
- Quem sofre a maior perda?
- Quem recebe de outro sem devolver nada é o que mais perde.
- Qual é a armadura mais impenetrável?
- A paciência.
- Qual é a melhor arma?
- A sabedoria.
- Qual é o ladrão mais perigoso?
- Um mau pensamento é o ladrão mais perigoso.
- Qual o tesouro mais precioso?
- A virtude.
- Quem recusa o melhor que lhe é oferecido neste mundo?
- Recusa o melhor que se lhe oferece quem aspira à imortalidade.
- O que atrai?
- O bem atrai.
- O que repugna?
- O mal repugna.
- Qual é a dor mais terrível?
- A má conduta.
- Qual é a maior felicidade?
- A libertação.
- O que ocasiona a ruína no mundo?
- A ignorância.
- O que destrói a amizade?
- A inveja e o egoísmo.
- Qual é a febre mais aguda?
- O ódio.
Qual é o melhor médico?
O Buda.
O Deva então faz sua última pergunta
- O que é que o fogo não queima, nem a ferrugem consome, nem o vento abate e é capaz de reconstruir o mundo inteiro?

Buda respondeu
- O benefício das boas acções.

Satisfeito com as respostas, o Deva, com as mãos juntas, se inclinou respeitosamente ante Buda e desapareceu.


Monday, January 23, 2006

The Book of Life [en]


The Book of Life [en]


"So, to understand the innumerable problems that each one of us has, is it not essential that there be self-knowledge? And that is one of the most difficult things, self-awareness—which does not mean an isolation, a withdrawal. Obviously, to know oneself is essential; but to know oneself does not imply a withdrawal from relationship. And it would be a mistake, surely, to think that one can know oneself significantly, completely, fully, through isolation, through exclusion, or by going to some psychologist, or to some priest; or that one can learn self-knowledge through a book. Self-knowledge is obviously a process, not an end in itself; and to know oneself, one must be aware of oneself in action, which is relationship. You discover yourself, not in isolation, not in withdrawal, but in relationship—in relationship to society, to your wife, your husband, your brother, to man; but to discover how you react, what your responses are, requires an extraordinary alertness of mind, a keenness of perception."

"Self-Knowledge Is a Process" - The Book of Life (January 23)

from: http://www.jkrishnamurti.org/

Friday, January 06, 2006

Sabedoria ...
















Sabedoria do Nepal

Um feliz ano do Dalai Lama

O seguinte foi tirado de um Mantra Nepalês, vale a
pena ler e partilhar.

Conselhos para a Vida
1. Ter em conta que um grande Amor e grandes
concretizações envolvem um grande risco.
2. Quando se perde, não perder a lição.
3. Seguir os três R`s:
Respeito por si, respeito pelos outros e
responsabilidade por todas as acções.
4. Lembrar que, por vezes, não conseguir o que se quer
é um maravilhoso rasgo de sorte.
5. Aprender as regras, de modo a poder quebra-las
convenientemente.
6. Não deixar uma pequena disputa magoar uma grande
amizade.
7. Quando se aperceber que cometeu um erro, tome
passos imediatos para o corrigir.
8. Passar algum tempo sozinho cada dia.
9. Abrir os braços à mudança, sem deixar ir os
valores.
10. Lembrar que o silêncio é por vezes a melhor
resposta.
11. Viver uma Boa e Honrada Vida, assim, quando
envelhecer e olhar para trás, poderá aprecia-la uma
segunda vez.
12. Uma atmosfera amorosa no lar é a fundação para a
Vida.
13. Em discordâncias com os entes queridos, lidar
apenas com a situação presente, não trazer acima o
passado.
14. Partilhar o conhecimento; é um modo de atingir a
imortalidade.
15. Ser gentil com a Terra.
16. Uma vez por ano, ir a um local onde nunca tenha
estado antes.
17. Lembrar que o melhor relacionamento é aquele no
qual o Amor pelo outro supera a necessidade do outro.
18. Avaliar o sucesso por aquilo que teve de abandonar
para o alcançar.
19. Abordar o Amor e os cozinhados com esmero.
Também sei que os sonhos se tornam realidade e têm os
meus melhores Desejos e Esforços nestes votos.


Saudações Dalai Lama

Tuesday, January 03, 2006

Nothing Changes on New Years Day?
















Nothing Changes on New Years Day?


O fim de um ano (pelo menos segundo o calendário gregoriano, creio) é sempre um período de balanços. É também um período profundamente introspectivo. Sobretudo retrospectivo diria. Contas imprecisas e “shoots” frenéticos de imagens e miragens disparados a uma velocidade tão ou mais grande que a das próprias emoções. E a propósito: tenho o direito de dizer “mais grande” sempre que me apetecer, prometi isso mesmo à criança que há em mim.

Às vezes é importante olhar para trás. Muitas vezes é importante olhar para trás. Mas é sempre arriscado e muito grande a possibilidade de nos deixarmos submersos em tal oceano, como criança que de tão compenetrada na construção do seu castelozinho de areia mal deu pela subida da maré. Ou mal deu por seja o que for em redor.

Suponho que é daquelas coisas que ninguém está livre, bem pelo contrário: ter a sua obsessãozinha de estimação. Sendo que “obsessãozinha” pode variar imenso no tamanho e no número também.

Tudo é relativo na vida, aprendi isso no ano passado (passou-se não faz nem 2 dias) e mesmo em outros anteriores. Mas mesmo assim, sendo nós donos e senhores dessa relatividade, não deixam de ser imensos os incêndios que a mais singela faúlha pode atear.

A vida é bela ... existe sempre “Ný Batterí”, “Hun Jord – Von”, “Moya”, entre outros tesouros bem guardados para o indiciar ... existem os sonhos que o pretendem vincar de forma apaixonada ... sobretudo se soubermos corresponder a tal paixão.

Por falar em paixão .... olhando para trás ... atordoam-me os sentidos sempre que teu olhar mergulha no meu com toda a sua densidade, rasgando-me até ao mais profundo de mim ... olhar cujo brilho por instantes quase esqueci nas esquinas da cidade e atalhos do dia-a-dia, que são uma pálida imitação de tudo o que importa, uma fátua imitação de ti ...

Novamente não sei como pronunciar teu nome, não sei se alguma vez saberei. Mas não é isso a vida? Universo de afectos e tentativas mais ou menos falhadas, mais ou menos conseguidas, de ser? Não sei, e ainda bem ...

Não é isso a vida senão a arte de olhar cada manhã com os olhos de um menino trepando às árvores de um grande e biodiversificado pomar?

Bom, por muito lugar comum que o possa parecer (e talvez ser), espero um 2006 com mais Paz, pelo menos à nossa própria escala, que à escala da geopolítica liberal as contas parecem dar sempre o mesmo ... com prejuízos e lucros repartidos de forma tão desigual e obscena. Cruel.

Espero que os seres possam consciencializar-se de que o essencial do que buscam está mais próximo de si mesmos do que talvez possam pensar ...

e que o essencial, no essencial, é Amar.

Love is All there is. Parece simples não é? Mas a simplicidade é bem complexa por vezes, e ao mesmo tempo simples.

Por vezes perdermos-nos talvez seja um bom exercício para podermos depois melhor nos encontrarmos. Estou em crer que 2006 será um ano propício a tal exercício. Ou como dizem os brasileiros .. bom, me esqueci mesmo de seu jeito de falar ...

Hmm, não encontrei nenhuma forma interessante de terminar o texto, e o ano mesmo agora a começar.

Vai ser lindo, vai.

Ah, everything changes in new years day e nos outros dias também. Advertências: às vezes nem tanto, tudo depende do modo de usar. Ou como dizia o outro: tudo é rlativo. E tinha muita razão, pelo menos de quando em vez ...


prescrição:

olha a aurora como o trilho se precipita no horizonte indomável