Ventos do Espírito
“Quando te vier a prova da solidão, une-te a Nossa Irmandade.
Quando estiveres diante da prova do medo, tem como escudo a fé
inabalável do teu mundo interior.
Quando fores pego pela prova angústia, mergulha na infinita alegria de
viver.
Quando na prova da soberba te iludires, reconhece tua pequenez.
Quando na prova da luxúria te confundires, recolhe-te na pureza.
Quando na prova da ambição sutil te envolveres, cultiva a simplicidade.
Quando na prova da avareza for semeada em ti a ganância, deixa que a
santa mão da pobreza limpe o teu jardim.
Quando na prova do mérito buscares reconhecimento, protege-te com o
escudo da doação invisível.
Quando a prova do orgulho pela auto-realização te chegar, reacende a
chama da entrega.
Quando na prova do poder te cegares, curva-te a vontade do Criador e a
Luz descerá sobre ti.
Quando na prova das emoções te deixares atar, corta os laços com a
afiada lâmina da impessoalidade do Espírito.
Quando na prova da obstinação te aferrares ao ego, reafirma teus votos e
deixa-te transfigurar na tua essência.
Quando na prova da aridez te vier a desesperança, recebe a devoção com
abertura e afasta a secura com o ardor do fogo.
Quando teus olhos percorrerem o mundo em buscas vãs e te colocarem
diante da prova da infidelidade, volta-te ao mundo interno, retorna a
tua Casa.
E todas estas provas nada mais são do que pequenos testes que superarás
quando souberes que a tua única e verdadeira prova é a de jamais te
afastares do Caminho que escolheste.”
Fonte: Ventos do Espírito, Trigueirinho. Ed. Pensamento 1997.
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